Descrição

Por Rafael Camargo de Oliveira

Descrição é uma tipologia textual que tem como função descrever algo ou uma cena, podendo envolver pessoas, objetos, animais ou acontecimentos.

Descrever algo é uma atividade linguística muito comum.
Descrever algo é uma atividade linguística muito comum.

A descrição é o ato de expor as características e propriedades de um objeto, uma pessoa, um animal ou mesmo um acontecimento. Ela está presente em uma diversidade de textos científicos, informativos ou literários, com a função de possibilitar ao leitor a visualização de uma imagem e, consequentemente, uma possível aproximação com o elemento descrito.

Leia também: Narração — a tipologia textual que se dedica a relatar uma história

Resumo sobre a descrição

  • A descrição é uma tipologia textual marcada por aspectos linguísticos que envolvem a exposição de características e propriedades de um objeto, pessoa, animal ou acontecimento.
  • Está presente em diversos gêneros textuais e em conjunto com outros tipos textuais, como a narração, a dissertação, a exposição e a injunção.
  • Dentre suas características, destacamos o uso de adjetivos, locuções adjetivas e orações adjetivas; a enumeração e comparação entre elementos; a prevalência de verbos no passado; e o uso de orações coordenadas justapostas.
  • Pode ser objetiva ou subjetiva. Na primeira prevalece o uso da linguagem denotativa e na segunda há o uso de linguagem conotativa principalmente por meio de figuras de linguagem.

Videoaula sobre descrição

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O que é descrição?

A descrição é uma tipologia textual dedicada a detalhar determinados objetos, pessoas, lugares ou ações. Assim, o autor, ao utilizar esse recurso, procura transmitir suas impressões e sensações sobre algo de maneira que o seu leitor possa visualizar a cena relatada como uma fotografia.

Sobre a noção de tipologia, Marcuschi (professor e linguista) a define como uma “sequência subjacente ao texto” marcada pela sua natureza linguística (aspectos sintáticos, lexicais, relações lógicas e de estilo etc.). Em outros termos, a tipologia textual tem marcas linguísticas que podem ser:

  • relatar acontecimentos e situações (narração);
  • apresentar uma tese e argumentos para defendê-la (dissertação);
  • inserir opiniões e argumentos consensuais (exposição);
  • realizar pedidos ou sugerir e categorizar uma sequência de ações/atividades (injunção);
  • expor as características e propriedades de um objeto, pessoa ou ação (descrição).

Em cada uma delas, há uma série de marcações textuais evidenciando suas principais características. O pesquisador ainda explica que, em uma produção textual, é possível encontrar diversas tipologias.

Veja também: Relatório — gênero que pode apresentar caráter narrativo e descritivo

Características da descrição

Por se tratar de uma tipologia textual, a descrição está presente em uma diversidade de gêneros (carta pessoal, conto, notícia etc.) e sua estrutura depende do gênero ao qual ela está associada. Contudo, há um conjunto de características que nos permite tipificar elementos no texto e classificá-los como descritivos. Na descrição, temos:

Tipos de descrição

Há duas formas de se descrever um texto: a objetiva e a subjetiva. Vejamos, a seguir, exemplos que expõem cada uma dessas formas seguidos de uma breve análise.

  • Descrição objetiva

Na descrição objetiva prevalece a linguagem denotativa, isto é, a descrição mais concreta possível dos acontecimentos. Não há espaço para figuras de linguagem ou ressignificações dos termos. A descrição objetiva é usada em situações como laudos médicos e notícias, em que é preciso informar e detalhar um acontecimento.

Veja um exemplo:

O acidente ocorreu às 14 h e a vítima encontra-se em estado grave devido às lesões na cabeça sofridas mediante forte pancada. Até o momento, sabe-se que se trata de um homem, jovem, com cerca de 30 anos de idade, 1,75 de altura e magro.

  • Descrição subjetiva

Diferentemente da descrição objetiva, a descrição subjetiva oferece a possibilidade do uso de uma linguagem conotativa por meio das figuras de linguagem e da pluralidade de significados. Ela é muito utilizada em obras literárias, como poemas.

Veja um exemplo:

No sonho, eu andava sob um mar de tristezas e, ao chegar à ilha, deitava sobre areias alegres. Meu humor mudou, do mar para a areia, da tristeza para a alegria. Da turbulência para a calmaria. Da ansiedade para o sono profundo.

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